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amoreira-negra (Morus nigra L.) é uma planta frutífera
com origem no continente asiático, sendo consumida mundialmente das seguintes formas: in natura, geleias e doces caseiros. É considerada uma planta rústica, que
tolera solos com baixa fertilidade, e apresenta poucos problemas com pragas e
doenças. Entretanto, problemas fitossanitários podem ocorrer, ocasionando
perdas na produtividade da cultura.
Dentre as doenças que acometem a amoreira, encontra-se a mancha foliar
ferruginosa (Figura 1). O agente causal desta doença é o fungo Cylindrosporium mori, que sobrevive em restos culturais na forma de
micélio e conídios. A disseminação dos conídios se dá pelo vento, por respingos
de chuvas, ou pelo seu transporte por vetores como o homem, insetos, máquinas e
implementos, animais etc. A doença é favorecida por temperaturas entre 22 e 26
°C, por umidade relativa do ar superior a 90%, e por solos de baixa
fertilidade.
As folhas infectadas apresentam pequenas manchas na face abaxial, que
possuem centro necrótico e halo bem desenvolvido e circundante (Figura 2). Na face adaxial
também pode haver a presença de manchas.
Figura 2. A. Manchas em folha de amoreira. B. Visão detalhada de mancha com centro necrótico e halo bem desenvolvido. Fonte: Miguel Lancho |
O controle cultural deve ser realizado para evitar a doença; para tanto
as seguintes medidas devem ser tomadas: evitar plantio próximo a pomares
velhos; realizar um bom manejo nutricional; realizar uma poda de limpeza e
queimar os restos culturais; evitar o plantio em épocas úmidas e com altas
temperaturas; e diminuir a densidade de plantio. Pulverizações com calda
bordalesa (sulfato de cobre + cal hidratada + água) em épocas de alta
incidência da doença também são recomendadas para proteger as plantas do ataque
do fungo; as aplicações devem obedecer ao intervalo de 15 a 25 dias entre uma e
outra.
Referências
AMORIN, G. O. Estudos em doenças de plantas. IF Goiano, Campus Urutaí. Disponível em: https://fitopatologia1.blogspot.com/2010/07/mancha-foliar-cylindrosporium-mori.html. Acesso em: 03 jan. 2019.