Oídio, uma doença comum!
Quando se fala em doenças de plantas não há como esquecer-se daquela que
tem um dos sintomas mais característicos – manchas brancas pulverulentas sobre
as folhas -: o Oídio. A doença não é causada apenas por uma espécie de fungo,
mas por várias, cada qual com sua afinidade específica por um hospedeiro. São inúmeras
as espécies de plantas com interesse comercial atacadas, dentre estas estão: frutíferas, olerícolas, grandes culturas e
ornamentais.
No abacate (Persea americana Mill.),
por exemplo, os sintomas iniciais dão-se, principalmente, nas folhas mais
novas: manchas esbranquiçadas e pulverulentas na parte superior da folha, já na
parte inferior aparecem áreas cloróticas. Com o desenvolvimento da doença, a
folha inteira fica tomada pela mancha esbranquiçada; nesta frutífera, o agente
causador da doença é o fungo Oidium
persicae. Nas cucurbitáceas (pepino, abóbora, melancia etc.), o fungo Sphaerotheca fuliginea é o agente
causador do Oídio; os sintomas assemelham-se aos do abacateiro, com a formação
de massa branca pulverulenta (micélios, conidióforos e conídios) que, em
estádio avançado, atinge toda a superfície foliar. Na soja (Glycine max L. Merril), a doença é causada
por Microsphaera diffusa, que também
infecta outras espécies de leguminosas; os sintomas são semelhantes aos vistos
anteriormente.
Os agentes causais do Oídio são, geralmente, favorecidos por alta
umidade e alta temperatura; os conídios (estruturas reprodutivas) são
facilmente disseminados pelo vento, que os transporta para novas áreas, onde,
em contato com um hospedeiro, germinarão; chuvas intensas prejudicam a doença,
pois “lavam” as plantas e danificam estruturas do fungo (micélio e
conidióforo).
Uma medida interessante para o controle é a pulverização de plantas com
sintomas inicias a partir de produtos à base de enxofre, como a calda bordalesa
(sulfato de cobre, cal virgem e água); estes fungicidas de contato geralmente
apresentam bom resultado, porém, fungicidas sistêmicos recomendados para cada
cultura apresentam
resultados mais eficientes (vide Agrofit). Para algumas culturas, como a soja, existe a
possibilidade de resistência varietal, sendo esta a forma mais eficaz de
controle.
É importante salientar que o agricultor deve ficar atento ao
aparecimento do Oídio quando em condições favoráveis ao seu desenvolvimento, e
tomar as medidas de controle o mais rápido possível; a doença prejudica a
fotossíntese, diminui o desenvolvimento dos tecidos e pode levar à queda de
folhas e outros órgãos, acarretando em menor produtividade.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Kimari, H. et al.
Manual de fitopatologia 3ª ed. São Paulo: Agronômica Ceres. 1995-1997. 2v.: il.
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