quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Poda da Amora-preta


A
amoreira-preta (Rubus idaeus L.) (Figura 1) é uma espécie frutífera adaptada aos climas temperado e subtropical; no Brasil, seu cultivo iniciou-se a partir da década de 70, quando a Embrapa começou os primeiros estudos com a cultura. Atualmente, existem diversas variedades da planta, dentre as quais a mais notória é a Tupy, desenvolvida pelo programa de melhoramento genético da Embrapa Clima Temperado. A amora-preta é uma planta muito rústica, apresentando poucos problemas com pragas e doenças, e necessitando de pouco insumo, por isso, é considerada ideal para a agricultura orgânica e familiar. Porém, um manejo essencial que não pode ser negligenciado é a poda, que tem por finalidade a limpeza do cultivo, a renovação dos ramos, e, consequentemente, a melhoria da produção.
Figura 1. Amoreira-preta (Rubus idaeus L.).
Comercialmente, a amoreira-preta é plantada em renques ou conduzida em espaldeiras, sendo o espaçamento de 0,5 x 3,0 m muito utilizado; as plantas são mantidas ao redor de 1,5 m de altura (Figura 2). As podas realizadas na amoreira-preta são duas: uma no verão, após a produção dos frutos, em que os ramos produtivos são cortados rente ao solo (Figura 3), deixando quatro ramos primários; também deve ser feita a poda de desponte das hastes do ano (Figura 4), deixando-as com altura de 1,0 a 1,2 m, forçando a emissão de ramos laterais, que produzirão na safra seguinte; outra poda é realizada no inverno, em que os ramos secundários com até 30 cm do solo são eliminados, e os laterais são despontados, ficando com 30 cm de comprimento, e raleados, deixado uma distância de, no mínimo, 10 cm entre eles.
Figura 2. Plantação de Amoreira-preta em floração.
Figura 3. Poda de verão de ramos rentes ao solo.
Figura 4. Desponte das hastes no verão.
Podas drásticas realizadas no verão, em que, após a colheita, todas as hastes são reduzidas a 5 cm de altura do solo (Figura 5), podem facilitar o manejo das plantas sem diminuir a capacidade produtiva; já, podas drásticas realizadas no inverno não são recomendadas, pois proporcionam queda de produção.
Figura 5. Poda drástica de verão.
Para a realização de uma boa poda, recomenda-se a utilização dos seguintes instrumentos: podão – para retirar as hastes mais próximas às plantas; tesoura de poda – para fazer a poda das hastes mais próximas ao podador -; e luvas – para evitar ferimentos ao podador que estiver trabalhando com variedades que contenham espinhos (Figura 6). Para mais informações, sugere-se a consulta à bibliografia citada a baixo.
Figura 6. Instrumentos para a poda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPAGNOLO, M. A.; PIO. R. Poda drástica para a produção de amora-preta em regiões subtropicais. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.47, n.7, p.934-938, jul. 2012. Disponível em: http://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/viewFile/12104/7474. Acesso em: 04 de out. 2018.

Poda de Amora. Reportagem: Yéssica Lopes. Terra sul. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=wTUv33YiO3k. Acesso em: 04 out. 2018.

SANTOS, A. M.; BASSOLS, M. C.; MADAIT, J. C. M. A cultura da amora-preta. EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agropecuário de Clima Temperado. 2. ed., rev. e aum. – Brasília: EMBRAPA-SPI/Pelotas: EMBRAPA – CPACT, 1997. 61 p.; 16 cm. (Coleção Plantar; 33). Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/161998/1/A-cultura-da-amora-preta.pdf. Acesso em: 04 de out. 2018.

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