O feijão-comum (Phaseolus vulgaris)
é um alimento consumido e produzido mundialmente, sendo, portanto, de grande
importância para a alimentação das populações humanas. Trata-se de uma cultura
que pode ser produzida tanto em pequena quanto em grande escala; porém, para se
atingirem boas produtividades é necessário escolher o tipo e a cultivar de
feijão que melhor se adapte à região de cultivo. Nessa escolha, deve ser levado
em consideração: a produtividade, a tolerância às principais pragas e doenças
que ocorrem no local, a época de plantio (1ª, 2ª ou 3ª safra), e a aceitação
comercial do tipo de grão pelo mercado consumidor.
No Brasil, os tipos de grãos de feijão-comum consumidos são os
seguintes: carioca; branco; vermelho; rajado; e preto (Figura 1). O tipo carioca,
além de possuir ótima produtividade, apresenta boas características culinárias,
como rápido cozimento e caldo claro e denso; por sua vez, o feijão-branco é
ideal para ser enlatado, pois preserva suas características nutricionais, ao
contrário dos outros quando colocados nesta situação; o feijão-vermelho pode
ser consumido de várias formas – ensopado, salada ou enlatado – e apresenta
excelentes características nutricionais; porém, por apresentar alto teor de
fito-hemaglutinina – substância tóxica –, deve ser bem cozido antes do consumo.
O feijão-rajado é ideal para o consumo na forma de sopa, e apresenta um sabor
leve e adocicado; o feijão-preto, por seu turno, é preferencialmente consumido
na forma de feijoadas – ensopado de feijão com carne suína -, sendo mais
consumido do que o feijão-carioca nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e Espírito Santo.
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Figura 1. Tipos de feijão - da esq. para dir.-: branco, rajado, preto, carioca e vermelho. |
O melhoramento genético possibilitou a formação de uma ampla gama de
cultivares de feijão; os principais órgãos que trabalham com o estudo de novas cultivares
são públicos, como a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o
IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), o IAC (Instituto Agronômico de
Campinas), o IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) etc. Hoje, o melhoramento
genético busca, entre outros fatores, uma boa fixação biológica de nitrogênio
(FBN), resistência a pragas e doenças, resistência à seca, resistência à
colheita mecanizada, aumento de produtividade, melhor qualidade nutricional, e
menor tempo de cozimento.
A orientação técnica adequada levará o produtor a escolher uma semente que melhor se enquadre em suas necessidades.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. O cultivo de
feijão: recomendações técnicas. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e
Feijão. – Brasília : EMBRAPA-SPI, 1994. 83 p.-
Catálogo de cultivares
de feijão-comum. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/
digital/bitstream/item/154713/1/catalogoFeijao-safra2016-2017-web1.pdf.
Acesso em: 11 out. 2018
TSUTSUMI, C. Y. et al. Melhoramento genético do feijoeiro: avanços,
perspectivas e novos estudos, no âmbito nacional. Nativa, Sinop, v. 03, n. 03, p. 217-223, jul./set. 2015
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