quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Tipos e cultivares de feijão


O feijão-comum (Phaseolus vulgaris) é um alimento consumido e produzido mundialmente, sendo, portanto, de grande importância para a alimentação das populações humanas. Trata-se de uma cultura que pode ser produzida tanto em pequena quanto em grande escala; porém, para se atingirem boas produtividades é necessário escolher o tipo e a cultivar de feijão que melhor se adapte à região de cultivo. Nessa escolha, deve ser levado em consideração: a produtividade, a tolerância às principais pragas e doenças que ocorrem no local, a época de plantio (1ª, 2ª ou 3ª safra), e a aceitação comercial do tipo de grão pelo mercado consumidor.

No Brasil, os tipos de grãos de feijão-comum consumidos são os seguintes: carioca; branco; vermelho; rajado; e preto (Figura 1). O tipo carioca, além de possuir ótima produtividade, apresenta boas características culinárias, como rápido cozimento e caldo claro e denso; por sua vez, o feijão-branco é ideal para ser enlatado, pois preserva suas características nutricionais, ao contrário dos outros quando colocados nesta situação; o feijão-vermelho pode ser consumido de várias formas – ensopado, salada ou enlatado – e apresenta excelentes características nutricionais; porém, por apresentar alto teor de fito-hemaglutinina – substância tóxica –, deve ser bem cozido antes do consumo. O feijão-rajado é ideal para o consumo na forma de sopa, e apresenta um sabor leve e adocicado; o feijão-preto, por seu turno, é preferencialmente consumido na forma de feijoadas – ensopado de feijão com carne suína -, sendo mais consumido do que o feijão-carioca nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo.
Figura 1. Tipos de feijão - da esq. para dir.-: branco, rajado, preto, carioca e vermelho.
O melhoramento genético possibilitou a formação de uma ampla gama de cultivares de feijão; os principais órgãos que trabalham com o estudo de novas cultivares são públicos, como a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), o IAC (Instituto Agronômico de Campinas), o IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) etc. Hoje, o melhoramento genético busca, entre outros fatores, uma boa fixação biológica de nitrogênio (FBN), resistência a pragas e doenças, resistência à seca, resistência à colheita mecanizada, aumento de produtividade, melhor qualidade nutricional, e menor tempo de cozimento.

A orientação técnica adequada levará o produtor a escolher uma semente que melhor se enquadre em suas necessidades. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. O cultivo de feijão: recomendações técnicas. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão. – Brasília : EMBRAPA-SPI, 1994. 83 p.-

Catálogo de cultivares de feijão-comum. Disponível em:  https://ainfo.cnptia.embrapa.br/ digital/bitstream/item/154713/1/catalogoFeijao-safra2016-2017-web1.pdf. Acesso em: 11 out. 2018

Feijão. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3o. Acesso em: 11 out. 2018.

TSUTSUMI, C. Y. et al. Melhoramento genético do feijoeiro: avanços, perspectivas e novos estudos, no âmbito nacional. Nativa, Sinop, v. 03, n. 03, p. 217-223, jul./set. 2015

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